SEGUIMENTOS
Entre passadas longas e descansos breves Volito na celeridade dos ponteiros que giram Das sombras teimosas que bailam incautas Das areias que despencam nas profundezas abissais Na ampulheta do tempo rampante Em meio a quedas bruscas E soerguimentos sofridos, Respiro a neblina Que embaça o vitral da vida Como prenúncio de novo clarão Sei que a serração É sinal Da noite Que foi Cumprida Da noite Que foi comprida Mas calo-me Ao vislumbrar novos sóis pela frente E novas pedras pelo caminho E busco o prosseguimento sem redomas que me protejam Mesmo precipitando-me nas águas que cascateiam pela existência em eterno chafariz Porque será preciso haver uma manhã em cada curva Para que a estrada não sirva, exclusivamente, como caminho de volta... e que cada dia amanheça...feliz! Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 20/11/2007
Alterado em 21/11/2007 |