ENIGMÁTICA
Quem pode ser esta menina que amo tanto? Que ora é sorriso e paz, ora é tristeza e pranto? Que nunca se apresenta como a que eu almejo? Quantas mulheres vêm, num único desejo? Enigmática, não logro decifrá-la Quanto mais quero ouvi-la, mais ela se cala Se tento descobri-la, cruel ela se oculta E quanto mais eu falo, menos ela escuta. Em cada novo encontro chega diferente Jamais deixa que eu sinta tudo o que ela sente É mimetismo na alma (de quem? – nunca sei!) Pois olha-me menina, abraça-me criança Devora-me mulher, despede-se esperança Retira-se, e eu me indago: qual delas amei? Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 25/08/2007
Alterado em 06/09/2011 |