REDEMOINHO
Ó vento impiedoso do tempo Que sopra em tudo e em todos E que tudo envelhece E tudo desgasta E tudo mata Vento das sementes e das folhas secas Das fraldas e das bengalas Dos fetos e dos cadáveres Dos ossos e das cinzas Da carne, Do pó, E do barro em que germina o broto Vento onipresente Que corre em redemoinhos Levando-nos E lavando-nos Em turbilhonamento Que corta a eternidade Dando-nos a certeza De que o amanhã Será um novo ontem, Vento que grita Conjugando Eternamente O infinitivo Do verbo passar... Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 14/08/2007
Alterado em 14/08/2007 |