VAZIO EM PLENITUDE
Nas noites frias de momentos enfadonhos Meu pensamento jaz sem cor e conteúdo E sem musa qualquer eu miro sonhos Sem ter estrelas para ouvir ouço o céu mudo. Sendo a poesia minha deusa e meu caudilho De agudas pedras faço cama de veludo Da escuridão faço fulgor de luz e brilho Pois sou poeta e poetizo o nada em tudo Mas se abandonam-me as venturas da jornada E se me foge a inspiração das madrugadas Na ausência estéril das idéias não me vergo: Sinto o vazio, ouço o silêncio e vejo o nada Faço poesias com a sombra esvaziada Do que não sinto, não escuto e não enxergo! (imagem: "plenitude", de Tahyane - disponível em: http://paginas.terra.com.br/arte/tahyanesites/poesias/plenitude.gif) Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 17/07/2007
Alterado em 02/08/2009 |