MEDO
Resta a mancha de sangue na calçada Resta a etapa da vida não cumprida Resta o eco de um tiro, e a voz calada O silêncio e a jornada interrompida Resta o aborto dos sonhos não vividos Resta o eterno vazio pela frente Resta a história, os momentos coloridos Esvaídos ao nada de repente É que o mundo vai redundantemente Reprisando o que resta e o que sente Ao tombar de uma vida aos pés do algoz Resta, enfim, o enterro da decência, Restam lágrimas e dor e violência, E o medo que aprisiona todos nós! (imagem: "morte" - Cícero Dias, 1928 - lápis e guache s/papel - disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artistas/cicero/images/morte.jpg) Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 25/06/2007
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