CHAMA
Com tuas mãos é que se acende a vela Pelo teu fósforo o pavio Inflama Emol-duro-te no abraço: és a tela Em que Pinto delícias dessa trama Quando é teu lírio que insinua e chama Ardente o círio em riste flamejante Todo esplendor do céu invade a cama Intumecendo o an-seio latejante O fogo que se queima em nosso amor Secreta o teu suor em que me espalho E vou te oferecendo ósculo em flama Até que a vela, exaurido o vigor Saciada entorna a cera, último orvalho, E docemente, enfim, apaga a chama! Oldney Lopes© Brumadinho, 24 de agosto de 2014. Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 24/08/2014
Alterado em 24/08/2014 |