O SILÊNCIO DOS MOINHOS
Os moinhos são as pás do tempo parado Impulsionadas pelo nada que as transpassa São as pás que giram em silêncio Enquanto o mundo grita a canção do desalento São as pás, inertes ao girar do mundo Giram as pás do moinho E nós, aqui, parados, Ensurdecidos pelo incômodo silêncio, Não nos damos conta De que o que passa não é o vento, Não é o tempo, Não é a vida, O que passa, Verdadeiramente, É o que vira pó: O que passa Somos nós. Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 08/05/2007
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