MENSAGEM AO TRABALHADOR
(Um pequeno poema, como homenagem ao trabalhador, com os votos de que a ele seja proporcionada, além da justa recompensa, a necessária condição humana: DIGNIDADE!) O QUE VAI NA MARMITA... O que vai na marmita do trabalhador? Na marmita, vai arroz e vai feijão. Com certa sorte, farofa ou macarrão, e talvez couve, talvez ovo, talvez uma mistura diferente uma surpresa, um presente. Na marmita vai um certo amargor: o travor da submissão, os ossos da servidão, a enorme fome da liberdade utópica, do inexeqüível lazer, do que há por fazer, das horas na condução, da inatingível satisfação. O que mais vai na marmita do trabalhador? Na marmita, além do arroz e do feijão, vai também um certo dulçor: Um gosto de paz e de amor. o tempero da casa, a sensação do descanso, a lembrança do sossego das horas passando mais devagar. a saudade dos filhos, reminiscências de alegria, recordações de inocência. A marmita leva ainda a ternura caprichosa da mulher, o afeto carinhoso no preparo da bóia. E durante a refeição, Na meiga imagem da companheira a marmita é cúmplice faceira, e leva o prazer em sobejo: em cada ingrediente um desejo, em cada garfada um beijo! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 30/04/2007
Alterado em 06/10/2009 |