SONETO DE DESILUSÃO
No amanhecer da vida desenhei Com giz de cera num papel de pão Com tanto esmero e tanta precisão O futuro da noite que sonhei. E veio a tarde, lânguida e risonha E pouco adiante a noite veio, fria Com ela a angústia, a escuridão vazia E a frustração do poeta que sonha E tal decepção ainda tenho: Plantei tanta ilusão, com tanto engenho, Colhi tristeza, desprezo e desdém. Por querer sempre tudo tive nada Encontrei pranto onde busquei risada E sempre quis ser tudo, e fui ninguém! Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 01/04/2007
Alterado em 01/04/2007 |