SER TÃO MINEIRO
Sou tão poeta quanto sou mineiro E tão sentimental e celerado A minha alma de sonhos é canteiro Onde cultivo um coração calado Eu sou um trovador inveterado Que fala em métricas e pensa em rimas Das Gerais, falo e canto emocionado dos ares, das paisagens e dos climas Sou homem merencório das montanhas A vagar solitário nos caminhos A enxergar o murmúrio das entranhas Das matas, terras, águas e dos ninhos Alma notívaga a pairar silente Na escuridão soturna dos umbrais Sentindo a quintessêntica semente De ódios e de amores eternais Que renasce ao raiar de cada dia Respira o céu, escuta o que o sol disse E sente as guloseimas que aprecia Pelo sabor, beleza e mineirice Doce deleite que é poetizar Ser tão poeta no sertão das Minas Ouvir e ver o aroma deste ar De flor e ferro e doce e pedras finas! Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 31/03/2007 |