A OUTRA MARGEM
Na outra margem do rio, moram sonhos impossíveis
Moram velhos vaticínios, mora um sorriso aprazível Mora um olhar amigável, e a alegria indizível Refletida na retina dos olhos embevecidos De angústia e solidão, que olhando a imensidão Fitando o longe e o nunca, enxergam maravilhados O deleite da paisagem, que brilha do outro lado Que mora na outra margem. Mas a correnteza bravia Grita sempre aos meus ouvidos, o mesmo e eterno estribilho Dos lamentos doloridos, que ecoam no chão vazio Do oco, do nada, do vão, do espaço surdo e sombrio Dentro do meu coração.
Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
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