ESTRANHO AMOR
Não há no mundo tão estranho amor Que tanta dor me cause e tanto alento Deleitamento ledo e dissabor Doce licor, amargo e cruel tormento Pois num só tempo fere e acaricia Se acaricia bate e queima e mata Matando é grata e meiga melodia É luzidia estrela, arma insensata. Se fere é de alegria e de prazer E apraz doer e dói de endoidecer De tanto ser amado e lhe adorar. Que tal amor, de tanto querer tê-lo Perdê-lo também quis: num triste apelo Pedi que me odiasse, ao invés de amar! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 19/09/2011 |