FERIDADE
(dedicada e em homenagem ao menino João Hélio Fernandes) “Põe-me onde se usa toda a feridade, Entre leões e tigres, e verei Se neles posso achar a piedade Que entre peitos humanos não achei” (Camões – Os Lusíadas – Episódio de Inês de Castro) Arrastado em alta velocidade Pelo asfalto do chão da estupidez É meu próprio coração que sangra É meu próprio peito que sofre É minha alma que clama por socorro Sou eu que morro. Atada ao desapiedado nó da perversidade Quem sofreu? Quem penou? Quem morreu? Presa ao cinto da crueldade insana, Quem jaz? Eu? Quem jazeu foi a dignidade humana! Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 02/04/2007 |