SOB GRILHÕES
É necessário que a poesia grite O que o peito arfante geme em vão Ou que um insano e breve gesto imite A voz que se aprisiona ao coração É necessário um rabiscar na areia Um derramar de tintas pelo chão Verter todo o vermelho que há na veia Para expressar com veemência um não É necessário um caminhar penoso A lama, o charco, o pantanal lodoso Rasgar o chão que abre e se incendeia Pois sendo prisioneiro, sou tinhoso Se mandam-me tiranos, sou teimoso E viro sol se apagam-me a candeia Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 31/03/2007 |