SONETO AO TEMPO
Jogam-se na vida sortes e azares Nos joga a vida ao tempo, ao nada, ao léu Como se jogam dados, aos milhares: Ingênuos Ícaros, subindo ao céu. A vida é presente, e ele é dado É dado que jogamos ao futuro Pagando para ver o resultado Que pode ser tão bom quanto obscuro. Correndo vive o tempo, em vôo alado Também correndo eu vejo, deprimido, O tempo que ora vivo e já é passado: O ontem, que passou sem ser vivido O hoje, tão incerto e não sabido E o amanhã, que se foi sem ter chegado! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 21/10/2009 |