SONETO PELA LEVEZA DO DIZER
Se o poema tem que ser grafado em letras, Se o papel precisa ser impresso em tinta, Seja, a letra, mais sutil que a estrela extinta, Seja a tinta mais fugaz do que os cometas. Aqui deixo nulidades, vis reversos, Como dádiva sagrada a ti, leitor. Sejas tu, teu pensamento, o estertor, Das imagens que fizeres dos meus versos. Seja Ícaro alado a idéia pura, Não derreta a cera o sol de forma dura, Que a escrita não deturpe idéias minhas. E que as tintas não me manchem bons momentos, E que as letras não maltratem pensamentos, Que a palavra não estupre as entrelinhas! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 29/03/2007
Alterado em 03/10/2009 |