A PRIMEIRA LÁGRIMA
Sob a pressão das pálpebras contida Numa expressão de dor transfigurada Presa no peito arfante, comprimida Vislumbra os cílios da alma torturada E quando encharca, enfim, toda a retina Mas, impotente, temente à explosão Agora equilibrista e bailarina, Sustenta-se em dorido esforço vão Mas quando o jorro da emoção vence a razão Brota a primeira lágrima, calada Vertendo a dor que nasce ao coração Desaba, pela face, aliviada Clareia e desabafa a alma magoada E uma só gota, agora, é turbilhão! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 27/03/2007
Alterado em 03/10/2009 |