MÁSCARAS
Conheço bem a cara do Sol Quando sem brilho Escondido de tudo e todos Por detrás de um morro ou de um sorriso Morro do malogro do que quis Conheço bem a face do Sol Quando sem lume Cabisbaixo Apagando andar a andar Piso sobre sombras embaçadas Jorro de breu Taciturno espectro Do que não deu Conheço bem a tez do Sol Quando sem tez Hão brilhado à volta dez mil astros Sem ter o olho de encarar brilhos alheios Poço de trevas profundas Adormecido em sono agudo Mudo No fecho da escuridão do Do próprio vulto Conheço bem o invólucro do Sol Quando na negação do arrebol Conheço bem toda a desfaçatez Do Sol luzindo lampejos ocultos Tramas urdidas caem de uma vez No chão da hipocrisia e dos insultos. Conheço bem a máscara do Sol Quando oculto. Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 27/08/2012
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