Oldney Lopes

Pensamentos esculpidos em contos, crônicas, mensagens e poemas

Textos


NADAÇÃO
 
Nada, vida, nada,
Nada na dança das ondas do mar de lágrimas
Nada na danada da tormenta que atormenta
Nada na data alternada das calendas gregas
Nada na dadeira a quem se come e se consome a fome
 
Nada, vida, nada
Nada daqui, nada dali, nada dalém, nada daquém, nada d’acolá
Nada na dama da noite que à noite dá
Na bordunada levada do nada, na granada mal arremessada
Nada na Esplanada, nada no Planalto, nada no Sem-nado, sem coordenada
Nada alma penada nada
Nada na jornada já nadada e inda infindada
 
Nada, vida, nada
Nada e tenta uma guinada,
Nada de braçada, de pernada e rabanada
Nada na vida insubordinada
Nada na grasnada da manada dos sem-nada
Na embrionada que vem danada e motivada pra nadar
Nadar, nadar, nadar, nadar
 
Até que finde a jornada
Na hora indeterminada do nada
E se constate
Emocionada, consternada, transtornada,
Que tudo o quanto sempre se nada sem noção
Dá-se em nada.
Dá-se em vão.
Dá-se em
 
DANAÇÃO


 
 
Oldney Lopes©

 
Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 20/10/2011
Alterado em 06/04/2014


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