DE NADA
Em meio século de nada feito, Toda semeadura deu-se em vão, Estéril, infecunda, sem proveito, Improdutiva vida, infértil chão. Linhas vazias de um velho caderno, Amarelado e de folhas em branco, Nada de novo, nada de moderno, Nada de doce ou terno ou meigo ou franco. Foram-se décadas plenas de nada, Passos perdidos numa velha estrada, De um existir sem vida, um ser sem jeito. Do que tentei deixar restou falido Um livro nunca escrito e jamais lido Em meio século de nada feito. Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 09/09/2011
|