DOCE VENENO
Carrego no meu íntimo a torpeza Do peso de pecado e iniquidade, Enquanto aspiro em vão pela leveza De paz, sossego e de tranquilidade. Eu sinto o travo do amargor na boca, Enquanto anseio um néctar delicioso. Tenho na alma a insanidade louca E nas costas um fardo doloroso. Amarfanhado entre tramas e teias, Sou dual entre docilidade e fel, Entre o celibatário e o lascivo. Como o açúcar que corre em minhas veias: Tão saboroso, entretanto tão cruel, Tão deleitoso e bom quanto nocivo! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 08/09/2011
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