O ÚLTIMO FRACASSO
Bebo da vida o fel que eu mesmo colho, Sinto nas mãos o cravo atravessado, Que eu mesmo por desdita hei cravado Por impingir-me a lei do olho-por-olho. Levo nas costas dores desvairadas, Lancinantes, agudas, tormentosas, Porque colho os espinhos, deixo as rosas, E às carícias prefiro punhaladas. Aguardo pela morte que já veio, Vou digerindo cada gole do amargor Das torturas, da tormenta e da dor. Carrego ao peito angústias e receios, Reprovando o que sinto e o que faço, Amargando meu último fracasso! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 07/09/2011
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