AUSÊNCIAS
Quando fogem-me os versos e o amor Quando faltam-me as rimas e os beijos Quando falta-me o lírico fulgor Das poesias, paixões e dos desejos Sou uma réstia de luz num quarto escuro Um fio de alma, um vulto abandonado Sou uma sombra projetada a um velho muro Um estertor de vida agoniada. Enquanto ouço da morte a melodia Sigo parado e surdo e em afonia Dependurado numa fina rama A respirar enquanto aguardo o nada Usando a última lágrima entornada Para apagar a derradeira chama! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 04/09/2011
Alterado em 04/09/2011 |