POEIRA LÍRICA
A maioria dos versos que faço Povoa o território do anteontem Não tem a sorte de estar num papel Ou de brilhar numa tela de um micro
Fica caída pelo chão da estrada – caminho rotineiro do trabalho Escoa pelas águas do chuveiro Dorme na escuridão da madrugada, Imersa em sono pesado e profundo
Mas quando miro a tez da infinitude Da distância de tudo o pensei Sinto que os versos estão todos lá No anil do azul do céu – poeira lírica Poemas intocáveis, esquecidos
Aves canoras de bela plumagem A volitar em perpétua viagem, Em revoada, aud-azes, atre-vidas, Nunca mais vistas, nunca mais ouvidas Por olhos de ninguém – olvidos meus,
E enfim repousam no colo de Deus...
Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 07/08/2009
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