BALADA POR UM ANJO
Não sei se é anjo em forma de mulher Ou se mulher em vulto angelical Mas venha ela de onde vier Recende o espaço em vórtice aromal Não sei se é dado a mim, mortal, tocá-la Quando a luz dos seus olhos resplandece Mas grita o coração, e a boca cala: Mais fecho os olhos, mais ela aparece. Não sei se é dado a mim, mortal, beijá-la Posto ser anjo, inatingível ser Não sei se me percebe se ouso olhá-la Ou se ignora e finge não me ver Nem sei medir o tanto que a desejo O tanto que imagino seus afagos O tanto que eu anseio por seu beijo O tanto de amor que no peito trago Por isso a canto em cântico elegíaco Numa balada de ardorosa ausência Por ela sou loução, insão, maníaco Mas amo amá-la, mesmo na demência. E faço deste cântico a esperança De tê-la um dia, talvez, nos meus braços E de embalá-la em envolvente dança Cobrindo-a com meus beijos e abraços! Oldney Lopes© Oldney Lopes
Enviado por Oldney Lopes em 20/09/2009
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